Ah! A dificuldade de segurar utensílios em geral, da colher a tesoura, passando pelo lápis tão importante para a escrita.
Nosso trabalho foi baseado em primeiro trabalhar os músculos das mãos, no caso do Pedro ele não tinha problema com produzir força na mão, mas sua dificuldade era em controlá-la, em segurar o lápis da forma correta e usar a tesoura, o que ele não gosta até hoje mas já consegue usá-la.
Os músculos do Pedro, incluindo das mãos sempre foram muito fortes, porém ele tem algumas dificuldades com alongamento/flexibilidade dos músculos, o que o coloca na dispraxia.
Nós trabalhamos muito com massinha de modelar, primeiro só cutucando a massinha com o indicador, a mão do Pedro não conseguia fazer o gesto de apontar, uma vez que o gesto estava formado com mais facilmente nós passamos a estimular o gesto estourando bolinhas de sabão.
Ainda com a massinha de modelar nós trabalhamos o controle fino usando rolo, cortador e moldando bolinhas e figuras simples como bonecos de neve. No começo o Pedro precisava de auxílio mão sobre mão até ele entender o movimento e a intensidade da força que deveria ser empregada.
Também trabalhamos andar como caranguejo, como carrinho de mão, engatinhar, movimentos que requerem o apoio das mãos no chão trabalhando força e a abertura das mãos e dedos.
A entrada do lápis, canetinha e giz se deu primeiro na posição vertical em lousa, segundo a TO que atendia o Pedro, essa posição vertical estimula o correto segurar do lápis.
Depois entramos com desenhos de formas geométricas, o infinito (8 deitado) que trabalha a integração dos dois hemisférios do cérebro, sempre utilizando a lousa e a posição em pé.
Das formas geométricas introduzimos os desenhos simples, formando imagens com base nas formas geométricas. Hoje o Pedro desenha lindamente, principalmente aos olhos da mãe, essa trajetória fica para outro post.
O Luís também teve dificuldade com as mãos, no caso dele era com a força das mãos, os exercícios físicos com apoio das mãos também ajudaram neste caso, além das pinças, uma idéia vinda de uma amiga que mora no Japão, nós brincavamos com pinças e bolinhas de algodão a princípio, depois com bolinhas de gude até chegar a usar chopsticks, que o Luís usa para comer até hoje.
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