Tuesday, December 20, 2011

Férias: preparar cookies


Idéias para fazer com as crianças nas férias, alguns dias chovem, então, vamos à cozinha!

Faça uma lista dos ingredientes, pode ser com desenhos, e junto com seu filho vá buscando um por um e coloque sobre a mesa ou pia da cozinha.

Ingredientes:

3/2 xícara de manteiga - amolecida
3 /4 xícara de açúcar granulado
1 colher de chá de extrato de baunilha
1 ovo grande
2 xícaras de farinha de trigo
1 1/2 colheres de chá de fermento em pó
1/4 colher de chá de sal
1. Aqueça o forno a 190 graus C.
Com todos os ingredientes sobre a mesa, coloque as medidas e deixe que seu filho despeje na tijela, se você tiver mais de uma criança em casa, eles podem alternar quem despeja.
2. Bata a manteiga e o açúcar até ficar leve.
3. Adicione a baunilha e o ovo e mexa até misturar bem.
4. Misture a farinha, o fermento e o sal até obter uma massa macia.
5. Embrulhe a massa em papel manteiga ou filme plástico e leve à geladeira por pelo menos uma hora antes de trabalhar a massa.
6. Empolvilhe a superfície com uma mistura igual de farinha de trigo e açúcar de confeiteiro. Abra a massa para com 3 cm de espessura e corte em formas desejadas.
7. Coloque os biscoitos em uma assadeira untada ou coberta com papel manteiga.
8. Decore com açúcar colorido ou outras decorações, como desejado.
9. Asse por 8-10 minutos ou até levemente dourado.
10. Deixe esfriar na assadeira por 2 minutos antes de remover completamente.

Tuesday, December 13, 2011

Autismo de dentro para fora - co-regulação emocional - em Porto Alegre - 17/12


"AUTISMO de Dentro para Fora" será o tema da Reunião de Pais, Familiares e Colaboradores de Dezembro


As Reuniões Mensais de Pais, Familiares
e Colaboradores acontecem na
AMRIGS

Na próxima Reunião Mensal de Familiares e Colaboradores, que ocorrerá no dia 17 de dezembro, o Instituto Autismo & Vida estará trazendo de São Paulo a palestrante Marie Dorion Schenk, Relações Públicas, mãe de dois meninos no espectro autista, que morou por volta de 5 anos nos Estados Unidos, onde fez vários cursos de especialização na área comportamental, sensorial e desenvolvimento relacional.


Além dos cursos, tem a prática do que é viver, criar e auxiliar no desenvolvimento de pessoas com autismo. Hoje, também dá palestras e organiza grupos de apoio aos familiares de pessoas no espectro autista. Mantém o blog Uma Voz para o Autismo.


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TEMA DA PALESTRA:

Entender os possíveis porquês do comportamento da criança
de um ponto de vista sensorial.

Como dar suporte ao sistema sensorial para que a criança tenha mais
foco e energia para os outros apendizados.

Aprenda sobre nossos mecanismos de regulação sensório-emocional
e como a pessoa com autismo
usa estes mecanismos


Esperamos contar com a presença dos pais, familiares, professores e cuidadores das pessoas com Autismo de Porto Alegre e Região.

O encontro é gratuito e não é necessário inscrever-se previamente, é só aparecer!

Reunião de Pais, Familiares e Colaboradores do Instituto Autismo & Vida
Data: 17/12/2011 (sábado)
Horário: 13:30h às 19h


Patrocínio: Apoio:

Acesse: Autismo & Vida

Uso do banheiro

Desfraldar pode ser um dos momentos mais surpreendentes do desenvolvimento dos nossos filhos. Alguns surpreendem positivamente e a coisa flui numa tranquilidade, mas em outros casos muitos contratempos podem acontecer.
Com o Pedro foi a base de muitas lágrimas, de ambos os lados até descobrirmos uma maneira que funcionásse.
Primeiro nós optamos por colocar o Pedro no banheiro de 20 em 20 minutos, mas não tivemos sucesso de nem uma única gota de xixi no vaso e assim não conseguimos premiá-lo e como o comportamento esperado não acontecia, não havia maneira de explicar a ele que era aquilo que nós esperávamos dele.
Comprei bonecos q fazem xixi, o boneco fazia xixi no vaso e daí eu dizia ao Pedro que era a vez dele, e nada ..... ele até fazia o boneco fazer o xixi, mas o dele não vinha.
Então decidimos sentar o Pedro no vaso, dando muita água até q ele fizesse o xixi, nota que eu trocava a cueca de constantemente pq sempre estava molhada, então, seguindo a lógica, se ele ficasse tempo suficiente sentado no vaso, o tal xixi viria naturalmente. Ledo engano, foram horas tomando água, lágrimas de ambos os lados até que eu desisti e deixei ele sair do vaso e a porta do banheiro ele fez TODO o xixi do mundo.
Atonita, eu já não sabia mais o que fazer, eu já estava na terceira semana de tentativas por um xixi no vaso e nada, o Pedro tinha 24 cuecas e eu tinha q lavar no meio do dia porque senão faltava cueca limpa.
Então veio uma outra idéia, ao invés de premiá-lo pelo xixi no vaso, resolvi valorizar as cuecas secas e limpas assim deixaríamos nosso campo de batalha, o vaso sanitário, num segundo plano.
Foi simples, só requereu um pouco de paciência, mas acho que assim fica mais fácil da crinaça pegar a idéia.
Nós levavamos o Pedro de 20 em 20 minutos ao banheiro e cada vez q ele estava seco nós premiávamos com elogios (sempre) "você esté limpo e seco, que bom, viva!" o elogio social sempre deve acompanhar qualquer outro prêmio e quanto mais especifica for a linguagem, melhor, dizer um "muito bem!" não ressalta: muito bem o quê? Então é melhor usar um "Viva, você está seco! Ou qualquer coisa do tipo que ressalte o que você está elogiando. No começo há a necessidade do uso de um reforçoo tangível, que no caso do Pedro era um vídeo de alfabeto na linguagem dos sinais eu coloquei um dvd portátil no banheiro e ele só tinha acesso a esse prêmio dentro do banheiro quando eu checava se ele estava seco.
Se ele fazia xixi nas calcas teria q esperar molhado até a próxima checada para eu trocá-lo, como era de 20 em 20 minutos, ele nunca passaria mais de 20 minutos molhado, por isso não é o fim do mundo, e quando ele estava molhado, eu sentava ele no vaso e trocava a roupa dele, mas ele não ganhava o prêmio. Depois de 3 dias nessa tática nos conseguimos os primeiros xixis expontaneos no vaso, aí ele ganhava um pedacinho de bolacha (pelo xixi) e o video (por estar seco) além de muitos beijos e elogios.
Então comecei a espassar as checadas para cada 30 minutos e assim aumentando. Ficamos um bom tempo de hora em hora e depois mais uns meses de 2 em 2 horas. Quando ele já se mantinha seco a maior parte dos dias, colocamos o xixi na rotina, então ele sabia que teria aqueles horários para ir ao banheiro. Nós começamos o treino do banheiro em junho de 2007.
O cocô foi outra novela, ele tinha um local de preferência para o cocô que era no jardim, quando mudamos de casa ele passou a fazer olhando pela janela ou brincando com alguns brinquedos específicos, quando notei isso, fiz um livrinho baseado nas histórias sociais para ajudá-lo a entender que o cocô não era naqueles locais, mas no banheiro. Foram algumas tentativas de histórias sociais. Também aliei o incômodo do cocô na cueca, fazendo esse incômodo ainda mais incômodo. Qunado ele fazia cocô no andar de baixo, trocava ele no banheiro de cima, fazendo ele andar com o cocô pesando na cueca, quando ele fazia no andar de cima, a troca era feita no banheiro de baixo. Assim, antes nós carregávamos ele ao banheiro para a troca, com o aumento do incômodo, aumentou também a motivação pelo uso do vaso sanitário para fazer cocô.
Foram alguns anos de inconstância do uso do banheiro, de sair com trocas de roupas, de ficar de olho, em 2010 conseguimos a normalidade nessa questão, inclusive o desfraldar noturno.


Já com o Luís a questão foi outra, ele tinha fobia de banheiro, de sentar no vaso, do barulho da descarga .... comecei sentando ele de roupa no meu colo no vaso sanitário, brincávamos lá, depois foi a vez dele sentar no vaso, com roupa mesmo, por 1 segundo, 5 segundos, 10 segundos .... depois só de fralda, também na contagem, depois nú ..... e daí conseguimos o desfralde.
Dar a descarga veio bem depois, só quando o uso do banheiro estava constante, outra questão que tivemos com o Luís foi a recusa de usar o banheiro fora de casa e daí eu tive que fazer o mesmo nos banheiros de loja, sentar ele no meu colo com roupa, sem roupa e finalmente ele sentar, nessa época eu ia à lojas só para treinar o banheiro, todos os dias.

Tuesday, December 6, 2011

ABA - desenvolvendo auto-controle

O Luís por muito tempo foi uma incógnita para mim. Tinha seu acessos de raiva e eu nao tinha a menor idéia o que havia acontecido. A minha rotina era sob gritos, pois cada ataque de raiva durava pelo menos 1 hora e meia e eram uns 8 por dia. Exaustivo!

O problema do Luís era "sair alguma coisa da rotininha dele". Ele também tem problemas quando caía uma gota na mesa ou no chão (mais com líquidos) e ficava fixado em limpar e muito nervoso.

Para trabalhar esse problema, nós desenvolvemos um programa com base no ABA, "you're cool, you stayed calm" (você é legal, você ficou calmo) então nós "apertavámos os botões" do Luís, só um pouquinho com a intensão de colocá-lo próximo ao seu limite de tolerância, mas sem atravessar esse limite e então premiávamos ele por estar calmo antes que ele tivesse tempo de explodir.


A idéia é trabalhar o descontrole em um ambiente controlado. Seria mais ou menos assim:

Eu dou um copo de suco para ele e deixo uma gota cair na mesa "acidentalmente" mas limpo super rápido porque eu já tinha o papel toalha à mão, olho para ele e digo "você ficou calmo, que bom!" e dou o brinquedo reforço para ele, assim ajuda a distraí-lo da situação estressante. E repito, "caiu uma gota e você ficou calmo, eu estou tão orgulhosa de você". Só que tem que ser super rápido, para não dar tempo de desencadear o ataque. Conforme a criança for acostumando com esses "acidentes" rápidos, você pode ir aumentando bem de vagar o tempo de demora para limpar. Por exemplo, você vai demorar 1 segundo, depois 2, depois 5 segundos. Se no caminho ela tiver um ataque porque você demorou demais para limpar a sujeira, volte ao intervalo anterior, mas persista.

Ao mesmo tempo trabalhe em outras atividades "menos tensas" a flexibilidade, por exemplo, tente quebrar as rotininhas que a criança tenha estabelecido, ou faça alguma coisa diferente do que ela esta acostumada e sempre premeie por ela ter ficado calma com a mudança.

Vá aos pouquinhos com o tamanho da sujeira, comece com só uma gota e depois que ela aceitar, passe para mais um pouquinho.

Agora, se no percurso da vida alguma sujeira acontecer fora do "ambiente controlado" e a criança tiver um ataque de raiva, limpe rápido e tente retirá-la da situação. Até que ela tenha masterizado a sujeira, ou o que quer que seja que a descontrole. Criança (ou qualquer pessoas) em descontrole não aprende, não processa.

Não adianta você tentar explicar ou ensinar enquanto criança estive descontrolada, ela não vai ouvir e só vai piorar a cena com a falação.

Você pode fazer um livrinho com a criança como personagem ou algum personagem que ela goste, esse livrinho pode mostrar que "o Luís é um menino muito sabido e organizado; que gosta das coisas bem limpinhas, mas às vezes pode cai uma gotinha de suco na mesa, ou o pão pode cair no chao, mas o Luís fica calmo e pede para a mamãe limpar."

E você lê esse livrinho personalizado para a criança num momento que ela esteja calma e feliz, assim facilita o aprendizado da menssagem.

Monday, December 5, 2011

ABA - Pronomes e reversão de pronomes

Tem gente que acredita que a reversão do pronome também está ligada ao conhecimento pragmático, é a questão de tomar a perspectiva do outro e isso também explicaria porque tantas crianças com autismo ao invés de narrar o que aconteceu, encenam com as mesmas palavras (ecolalia dos diálagos) o que querem contar.

Eu acredito que as crianças entendem que você é você e eu é ele/ela quando eles narram, não acredito que seja um problema gramatical, acho que é a pecinha do pragmático que falta. Nós trabalhamos isso como uma questão de fluência. No nosso conceito, nós queríamos praticar e torná-los fluentes nessa reversão de pronomes. E foi praticado na rotina diária e em terapia.







Para o EU:

Eu sempre oferecia: "Quem quer …? (alguma coisas irrecusável) então eu ajudava eles a responder "EU" batendo com a mãozinha no peito.

Quando o EU estava fixo na cabecinha deles, começamos a trabalhar o VOCÊ.

Para o VOCÊ nós utilizamos características visíveis de roupa, cor de cabelo, cor de olhos.
"Quem tem cabelo comprido?" era sempre eu, então eu ajudava eles a colocar a mão em mim e dizer VOCÊ.

Quando estávamos bem nessa, passei a misturá-los nas perguntas.
"Quem está com camiseta branca?" e quando eles hesitavam na resposta eu só colocava a mãozinha na pessoa, neles mesmos para o EU e em mim para o VOCÊ.

A partir deste ponto nós acrescentamos o ele , ela e eles. (em inglês não tem elas) Ufa! E continuamos a utilizar o vestuário, cor dos olhos e com isso, naturalmente foi introduzido o NÓS.


Sozinho o Luís percebeu a diferenca do IT (agora só existe em inglês) e ele
mesmo explicava: "Not she, not he, it barks" quando ouvia um cachorro latindo.

Depois, nós trabalhamos o NÓS como sentido de grupo, de pertencer a um grupo. E isso nós só trabalhamos na rotina diária. Então trabalhamos o NÓS pertencentes a familia e o NÓS = Luís + amiguinhos da escola.

Bibliografia:

Growing Up Social: Exploring How Social Communication Develops ... and strategies to help! by Michelle Garcia Winner

ABA - aprender abrincar

Este exercício é uma derivação do imitar com objetos e o objetivo principal é ensinar a criança alguns "roteiros" de brincadeira. É super importante planejar o que vai ser ensinado e que se respeite a idade da criança e a melhor maneira de fazer isso é observar as crianças típicas da mesma idade brincando, não tente ensinar mais do que é próprio da idade. Nós, adultos, temos tendência de brincar muito sofisticado e isso perde o sentido da brincadeira para a criança.


Para o Luís eu separei alguns brinquedos que nós temos aqui em casa e o objetivo principal para ele era que ele falasse, emitisse sons, enquanto estava brincando. ( o que é próprio da idade 2 anos e 9 meses).

Nós temos a fazenda então com base nesse brinquedo o roteiro era o seguinte:

O adulto pega dois cavalos de brinquedo, segura um e dá outro para o Luís então ela faz o cavalo galopar e diz "neih, neih" na sequencia diz para o Luís "sua vez" ou "faça isso" e o Luís tem que imitar.

Seguimos esse mesmo princípio para todos os movimentos.

Mais alguns exemplos de exemplos scripts:



FAZENDA
· Faça o cavalo galopar e faça barulho de cavalo;
· Faça a galinha sentar sobre os ovos e cacarege;
· Deite o homem na cama de palha e ronque;
· Coloque o galo no telhado e cante como galo;



COZINHAR
·Corte alguns vegetais (de plástico) e diga "chop, chop"; Monte um sanduíche e nomeie as coisas (alface, tomate, queijo) conforme for montando o sanduíche; "coma" o sanduíche e diga "mmmmm"



Use sua imaginação e os brinquedos que você tem em casa. Lembre-se de manter a linguagem simples para ajudar na imitação e que a criança tenha sucesso e não frustração ao brincar.

Quando a criança já estiver boa em manipular os brinquedos, introduza um amiguinho para brincar em paralelo.
Asas para a imaginação:

Quando a criança já tiver um bom repertório de scripts comece a trabalhar coisas mais abstratas, primeiro misturando os jogos de brinquedo, como por exemplo usando o serrote para cortas as frutinhas ao invés da faquinha.

Montem um "acampamento" e finjam estar sofrendo o ataque de um urso, salve alguns brinquedos dos "monstros", faça conchinhas com as mãos e brinquem de mostrar um para o outro o que você está imaginando estar segurando. Ria e divida a gargalhada com a criança.



Bibliografia

Teaching Playskills to children with autistic spectrum disorder - A pratical Guide by Melinda J. Smith. MD

Sunday, December 4, 2011

ABA - auto crontole

O Plano de ABA do Luís no início do tratamento era só voltado para este enorme problema, pois era impossível que ele aprendesse qualquer outra coisa pois sua inflexibilidade era expressa através da agressão, esta agressão vinha pela falta de controle do impulso. Enfim, este programa foi utilizado com o Luís para eliminar a agressão (e deu certo!), mas pode ser utilizado para eliminar qualquer outro comportamento indesejável como fugir, cuspir, etc.

O básico da técnica é quebrar o problema em etapas, no caso do Luís eu peguei a pior agressão paras ser trabalhada primeiro (mordidas) e trabalhei ela como parte isolada do problema total de agressão, assim ele foi capaz de entender a expectativa pois era clara. Depois é que fomos ampliando para as outras formas de agressão (chutes, tapas, etc). Todos que tinham contato com o Luís fizeram isso simultaneamente, em todos os ambientes.



Técnica de reforco positivo:


Você prepara uma caixa com coisas que seu filho goste, de brinquedos a guloseimas (estas cortadas em pedacinhos pequenos para que ele sempre fique com vontade de "quero mais" e assim você preserva a motivação) e esse será o prêmio. Deixe a caixa absolutamente fora do alcance da criança.

A técnica diz para utilizar um bracelete ou pulseira, o Luís não gostou de ter algo preso ao seu braço, então nós adaptamos para um adesivo na camiseta.

Eu colocava 1 adesivo na camiseta do Luís e dizia: "Você é um menino legal! você está com o adesivo de menino legal" e deixava ele ter acesso a 1 coisa da caixa de tesouros. A cada 15 min (no começo) eu fazia a "inspeção" de adesivo, se ele estava com o adesivo eu mostrava e dizia: "Olha, você é um menino legal, você está com seu adesivo de menino legal!" (se ele tinha perdido o adesivo porque descolou eu colocava outro) e dava acesso a outra coisa da caixa. É importante que você volte o brinquedo para a caixa em 5 min, se ele ainda estiver brincando, distraia com outra coisa menos predileta e retire o brinquedo.

Agora, se ele mordia, perdia o adesivo e o direito de acessar a caixa. Eu retirava o adesivo e dizia: "Você mordeu a mamãe, isso não é atitude de menino legal!"
Atenção: Você "reclama" da atitude e não dele. A atitude de morder é que você não permite.

Depois você pode ir aumentando para a cada 30 min, 1 hora, etc

No começo o comportamento pode piorar, por mais ou menos 3 dias porque a criança ficará ainda mais brava por ter perdido o adesivo e o direito a caixa, mas depois ela realizará o que tem que fazer (ou não fazer) para ter o direito a caixa. Por isso a necessidade de um objetivo claro a ser atingido.

No primeiro mês e meio mais ou menos, o Luís só perdia o direito a caixa se ele mordesse. Tapas, ponta pés, chiliques ainda não retiravam o adesivo, quando ele entendeu bem a mordida, eu passei a usar a técnica para mordidas e chutes, e o resto ele entendeu sozinho.

Ele gostou tanto da história do adesivo do menino legal que com o tempo eu não usava mais a caixa, só o adesivo. Isso porque, paralelamente, sempre trabalhamos a auto-estima, o orgulho de fazer parte de um grupo e o auto-orgulho quando fazemos coisas boas.

Quando ele comecou a entender, ele vinha para morder, abria a boca e colocava os dentinhos no meu braço, parava e pensava, nao chegava a fechar a mordida, afastava a boca e checava o adesivo. Mas isso demorou quase 1 mês.

Eu sempre leio livrinhos para eles sobre comportamento, o livrinho da mordida diz assim:


"Dentes não são para morder as pessoas, porque mordida dói;
dentes são fortes e afiados,
dentes são para mastigar comida;

Mesmo que você sinta vontade de morder,

a melhor atitude é fazer outra coisa,
porque mordida, ai, dói!

Você pode morder um brinquedo, ou seu travesseiro,

você pode pedir para a mamãe um abraço,
mmmm, abraço é gostoso.


Dentes não são para morder as pessoas,
porque mordida dói!

Dentes são para um lindo sorriso."


Você pode fazer o livro em casa e colar figuras de revistas, imprimir do Google images, colocar fotografias, ou desenhar. Não se importe com a perfeição, eles não ligam, e leia para seu filho quando ele estiver calmo, e só quando ele estiver calmo, quando ele estiver nervoso não irá aprender. Faça entonações exageradas ao ler.

Mesmo que pareca que a criança não está prestando atenção, leia, leia e leia, um dia você vai se surpreender com ela pedindo para você ler.

Vença pelo cançaso!
Você pode criar seus próprios livrinhos, use sempre primeira pessoa e verbo no presente e escreva sempre o que você espera que a criança faça.