Wednesday, August 31, 2011

Regras para o reforço positivo

Talvez um dos temas mais pesquisados ​​em psicologia tem sido o uso de reforço. Por mais de 100 anos, os psicólogos examinaram os princípios e a prática do uso de reforço e tem se mostrado, além de muito eficaz, essencial na mudança de comportamento. A pesquisa resultou na formulação de regras sobre como usar de forma mais eficaz as recompensas.

As "regras do reforço positivo" têm sido descritas em muitos livros e manuais. A seguir são o que nós consideramos como as diretrizes mais importantes.

1. O Reforço deve ser uma recompensa!
Muitas vezes nós projetamos que os outros desejariam o que nós gostamos, quando na verdade, algumas coisas que nós gostamos, para nossas crianças podem não achar valor nenhum de recompensa.
É necessário determinar se o que pensamos que seria uma recompensa é realmente um reforço. Precisamos, continuamente, avaliar a situação. O seu filho parece animado quando recebe o reforço? Quando dada uma escolha, a criança seleciona esse reforço? O teste final é se o seu filho irá trabalhar para ganhar o item que você está oferecendo como reforço.
É fundamental monitorar continuamente se um item é reforço. O valor dos reforçadores, muitas vezes, muda rapidamente.


2. Reforço deve ser condicionado.
Reforços só devem estar disponíveis quando o comportamento-alvo ocorre. Tenha cuidado em deixar reforçadores ser acessados ​​em outros momentos do que quando o comportamento-alvo ocorre. Isso tem o efeito de diminuir o poder do reforço. Portanto, tente selecionar apenas reforços que podem ser reservados. Não selecione um reforçador se não pode ser retido ou se essa retirada irá criar enormes problemas.
Há uma exceção a esta regra. Ocasionalmente, pode ser útil fornecer acesso a um reforçador não contingente, que uma criança raramente escolhe, a fim de aumentar o seu interesse naquele item.


3. Devem ser usados uma variedade de reforços.
Ao fornecer uma variedade de reforços, você vai reduzir a probabilidade da criança ficar saciada pelo reforçador. Isto irá manter os reforçadores frescos e, assim, mais poderosos.Uma variedade de reforçadores também é uma ferramenta para que exista um feedback diferencial. Mesmo que seu filho goste muito de um reforçador, faça um rodízio em combinação com reforços menos potentes. Além disso, nunca dê mais reforço do que o necessário.
Sempre que uma criança tem reforços limitados, selecione o reforçadores mais preferidos para serem fornecidos, contingentemente sobre o comportamento mais importante.


4. Reforçadores sociais devem ser pareados com os primários.
Mesmo que seu filho não goste de reforçadores sociais, tais como sorrisos e elogios, associando-os com reforçadores primários (alimentos, bebidas, brinquedos favoritos, etc), eles acabarão por se tornar reforçadores também. Desenvolver o sentimento de recompensas sociais permite que você, eventualmente, intercale reforços sociais e primários, para finalmente desaparecer os reforçadores tangíveis dentro da programação. Além disso, reforçadores sociais são as recompensas principais usadas nas situações diárias.


5. Constantemente desenvolva e identifique reforçadores.
Fique sempre de olho, pela casa, o que pode ser usado como reforçador.
Repare o que atrai a atenção de sua criança e quais são as atividades e movimentos auto-estimulatórios que ela busca, isso a guiará aos itens e atividades que ela prefere.
As crianças que se atraem por estímulos visuais podem gostar de labirintos de bola
s ou carrinhos ou brinquedos com líquido como lava lamps ou garrafas PET com água e purpurina. Ou então ampolas de areia.
Crianças cuja auto-estimulação é auditiva pode encontrar possíveis reforçadores em objetos com música como livrinhos musicais, instrumentos e música.
Crianças
cinestésicas, muitas vezes, se interessam por massagens, trampolim e cócegas.
Brinquedos que tenham causa e efeito são, freqüentemente, envolventes. Busque itens que oferecçam estimulação sensorial.


6. Use reforços apropriados para a idade da criança.
Isto aumentará a aceitação do seu filho pelos colegas. Também será menos evidente para os outros que seu filho está recebendo um reforço. Um reforço compatível com a idade também promoverá com que as pessoas tratem a criança de forma mais apropriada com a idade cronológica e isso ajudará que seu filho pense em si mesmo de uma forma mais dentro da idade e pode ajudar a promover interesses mais sofisticados.

7. Imprevisibilidade e novidade aumentam consideravelmente o reforço.
Surpresas são geralmente muito agradáveis e altamente motivadoras. Através da criação de um saco ou caixa de mistério, você pode fornecer a criança os reforços de uma forma nova, simplesmente, mudando a sua apresentação. Este entusiasmo será associado com as pessoas, lugares e materiais de ensino das sessões de terapia.

8. No começo, o reforço deve ser entregue imediatamente.
O reforço é mais eficaz quando ocorre dentro de uma metade de um segundo após o comportamento. Isto proporciona a associação mais forte entre o comportamento e o reforço, tornando assim mais claro para o seu filho qual é o comportamento desejado. Imediatismo também é especialmente importante, inicialmente, quando a criança está "aprendendo a aprender".

9. O cronograma de reforço deve ser seguido de forma consistente.
Se o comportamento positivo ocorre e não sé recompensado ou, pior ainda, se ocorrer um comportamento negativo e a criança for recompensada assim mesmo, o progresso será drasticamente reduzido. Qunado a freqüência programada de reforço for reduzida (ao longo do tempo) ainda é importante que todos na equipe sejam consistente na execução do cronograma, a fim de obter os melhores resultados.

10. Os reforços deve ser gradulamente diminuir a frequencia ao longo do tempo.
Quando você começou a desvanecer-se o horário, pode haver momentos em que torna-se necessário aumentar temporariamente a freqüência de reforço se o seu filho está com problemas. Além disso, como a programação é diluído e você aumenta suas expectativas é importante para fornecer reforçadores mais poderosos. Caso contrário, a regressão é mais provável de ocorrer.

11.
Avaliar o momento de reforço.
Certifique-se a entrega do reforçador não quebra o ritmo. Por outro lado, certifique-se que o reforço não é tão tardio
como para reduzir a eficácia. Para evitar esta possibilidade, você pode usar uma ponte verbal (reconhecer o comportamento em vez de fornecer reforço), assim como um comportamento não-verbal (sorrir, acenar, fazer um jóia) Trabalhar para conseguir um conjunto de respostas antes de dar uma recompensa tangível. Outra forma de ligar o atraso entre a ocorrência do comportamento e a entrega do reforço é a utilização de um sistema de representação simbólica como o Token System.

12.
No começo, sempre rotular o comportamento que está sendo reforçado.
Isso ajuda a criança a compreender o comportamento que está sendo reforçado e que você gostaria que se repita. Também fortalece a ligação entre o reforço e o comportamento.

13.
Com o tempo, use reforços que sejam menos extravagante e mais práticos.
Usando reforços práticos e naturais ira promover uma melhor generalização. Caso contrário, é provável que quando o seu filho participar em ambientes mais naturais e os reforços não estão disponíveis, os comportamentos apropriados podem extinguir-se e comportamentos indesejados podem retornar.

14. Não use recompensas como suborno!
Não acostume seu filho a ouvir com antecedência sobre o reforçador ele irá ganhar. Quando um comportamento inapropriado ocorrer, não lembre seu filho do reforçador que ele receberia se parar ou ameace com a perda do reforço.
O suborno é extremamente sedutor! Parece extremamente eficaz no curto prazo. As crianças, muitas vezes, param imediatamente o comportamento inadequado, quando oferecemos um suborno. Esta é uma estratégia de curto prazo que pode trazer alívio imediato mas pode causar problemas duradouros. Você e eles podem se tornar dependentes de suborno. Você vai ter que
"lembrá-los" constantemente sobre o reforço e o que deve eles devem fazer para recebe-lo.O suborno também abre a porta para a negociação e barganha, e isto coloca-os em um padrão em que as crianças irão pensar primeiro se o reforçador vale a pena pelo esforço que você está pedindo-lhes para fazer!
Além disso, anunciando o reforçador antes do comportamento torna muito difíceis diminuir até eliminar o uso de reforços.


15.Utilize reforços diferentes para diferentes comportamentos
Talvez um dos mais importantes métodos de ensino de habilidades e modificação de comportamentos indesejados é o reforço diferencial. O conceito é simples: ofereça os reforços mais fortes e poderosos para a melhor performace, enquanto respostas menos engajadas obtém um reforçados de qualidade menor. Leia mais aqui!


Do livro:

A work in progress. Behavior Management Strategies and a Curriculum for Intensive Behavioral Treatment of Autism by Ron Leaf & John McEachin.

Friday, August 12, 2011

Curso: O Brincar da criança com Autismo, por Sônia Falcão


Curso: O Brincar da Criança com Autismo
DATA: domingo, 21.agosto.2011

LOCAL: Atibaia - Auditório do Hospital Novo Atibaia

ENDEREÇO: R. Vereador Luiz Alberto Vieira dos Santos, s/nº, Centro, Atibaia, SP

TEMA: Brincar é um aprendizado e a arte é buscar o aperfeiçoamento no divertir-se. A chave do

processo é saber observar a criança e redescobrir a “sua criança interna”.



VALOR: R$ 30,00 (pagamento na hora)



PALESTRANTE : Sonia Falcão, terapeuta ocupacional, especialista em saúde mental da

criança e do adolescente, atua com técnicas do Programa Son Rise, criou o Programa

Realizza com acampamentos para jovens com deficiência, Autismo Encanta e Bússola

Familiar que atende, orienta e acompanha a criança e sua família, coordena MBA em

Gestão de Pessoas, telepresencial da rede LFG/Anhanguera. Formação em Criatégia,

criatividade e estratégia pelo ILACE.



PROGRAMAÇÃO:

8:00- Recepção



8:30 a 10:45

- A criança com autismo, as sensações, as emoções e o porque elas das brincadeiras de

isolamento.

- O que é “ecologia da aprendizagem? Como criar uma atmosfera lúdica e facilitadora para

facilitar o aprendizado?

- O desenvolvimento social e os tipos de interação. Como reconhecemos os sinais sociais? A

importância da celebração e a importância da nossa ação.



10:45 a 11:00 coffee brake



11:00 a 12:30

- Técnicas para aumentar sua criatividade para criar atividades para a criança com autismo.



12:30 ALMOÇO



13:30

- Brainstorm de interesses e motivações

- Criando brincadeiras, técnica DQM

- Criando com temas

- Histórias sociais



15:30 coffee brake

15:45

- Traçando metas

- Planejamento animado e divertido

Tuesday, August 9, 2011

Diferente resposta = diferente reforço positivo


Reforçadores diferentes terão valores diferentes. Alguns são apenas legais e outros são "eu faço o que for para ganhar". É fundamental ter uma gama completa de reforços para que você possa utilizar reforçamento de graus diferentes para comportamentos de graus diferentes. Ou seja, você quer entregar o reforço extraordinário para o comportamento extraordinário, o reforço bacana para o comportamento bacana, mas você vai proporcionar incentivos para cada melhora da performace.

Nós categorizamos os reforços em A (com o A+), B e C. Na caixa de reforços C estavam os objetos que representavam um incentivo, na caixa B os que eram bem bacanas, na caixa A os prediletos e o A+ era o favorito de todos.

Para categorizar o comportamento, um comportamento A+ era a resposta mais adequada possível para uma tarefa ou performace difícil, o comportamento A representava uma resposta engajada e correta. O comportamento B era uma resposta correta, porém poderia ter um melhor engajameto e o comportamento C era uma resposta incorreta, porém com um ótimo engajamento na tarefa/atividade.

É super importante a criança saber o que está sendo premiado, simplesmente dizer "muito bem" muitas vezes pode não ser claro para a criança, neste caso, o melhor é ser totalmente explícito "adoro quando eu posso ver seus olhos" - para premiar por bom contato visual; "perfeito, vc sabe mesmo as cores" - para premiar a perforace; "fico tão feliz quando você vem até mim" - para premiar a obediência do comando" vêm"; "muito bem, você está mantendo seu corpo calmo" - para comemorar com crianças que estão controlando stims; "que legal que você está sentado" - para crianças que estão aprendendo a não buscar tanto movimento; etc

Para categorizar qual reforço pertence a qual caixa, de tempos em tempos nós fazíamos avaliações de reforço de duas maneiras:
A primeira versão no vídeo abaixo eram colocandas 3 opções sobre a mesa e era oferecido que o Pedro pegasse uma das opções. Depois de escolhidas as 3 opções de reforços eram oferecidas essas três novamente para determinar qual era o A+.
Na segnda versão o Pedro tinha acesso a todos os reforços de uma vez e eram categorizados conforme a ordem de escolha.
A terceira versão é um exemplo de token system, que é uma maneira de "atrasar" a entrega do reforço. Neste caso, o Pedro ganhava uma letra para cada resposta (ele sempre amou letras e escrever) e quando ele completava a palavra tinha acesso ao prêmio.



Outros dois exemplos de como pode ser motado um token system:





Monday, August 8, 2011

Reforço positivo


Uma ferramenta crucial nos programas comportamentais é o reforço positivo, este reforço deve ser visto como um feedback explícito para a criança pelo seu comportamento.

Existem várias categorias de reforço que vão de alimentos, que é considerado um reforço primário, a acesso a brinquedos, jogos interpessoais e comentários sociais. O objetivo é criar um sentimento positivo, auto-motivador para que o próprio comportamento seja auto-reforçador para a criança, porém, para nossas crianças com autismo, isso é um caminho a ser percorrido, um território a ser conquistado, por isso, muitas vezes, temos que começar a construir esse sentimento através de reforços tangíveis.

Inicialmente, a
eficácia do programa será em grande parte dependente da força dos reforçadores disponíveis para a criança. Com o tempo, trabalhe para o seu filho não necessite de reforçadores artificiais e contingências naturais. No início, a criança provavelmente não encontrará estar calmo, cooperativo ou obediente como algo motivador. De forma similar, o seu filho provavelmente não irá achar que falar, brincar ou socializar sejam gratificantes também. Por isso a necessidade inicial do uso de reforçadores externos artificiais.

Todas as pessoas são motivadas por reforço. Seja ele o salário no fim do mês, férias, hobbies ou a companhia de outros, nós nos sentimos bem por causa dos reforços que atuam em nossas vidas.

Nós só precisamos ter cuidado para não usar mal os reforçadores sem um plano para, aos poucos, eliminar a sua utilização. NUNCA usamos um reforçador como um suborno, o que significa, num programa comportamental , subornar seria esperar uma pessoa se recusar a fazer algo e depois negociar uma recompensa. Outro exemplo seria quando uma criança está com um comportamento inadequado e você diz que se ele parar, ele vai receber uma recompensa. Esta não é a maneira correta de usar o reforço! Outro tipo de situação que pode ser considerada como suborno é a promessa automática de uma recompensa no momento em que uma solicitação é feita. Isso pode levar a pessoa a tornar-se dependente de uma promessa de recompensa e, em seguida, recusará a realizar um comportamento solicitado a qualquer momento se uma recompensa não for prometida.

O ideal é que, um programa começa com o reforço frequente e depois a frequencia de reforços vão diminuindo até entrar num ritmo mais normal. Reforçadores devem ser substituídos corretamente e a motivação natural deve ser incorporada ao plano.

Às vezes,
nada parece motivar uma criança. Muitas vezes isto ocorre quando uma criança recebe reforços em situações onde ele não tem que ganhá-los ou sem relação ao seu comportamento. Assim, um conjunto de reforços devem ser removidos da rotina e a criança deve trabalhar para ter acesso a eles.


Se for realmente o caso de que não existem reforçadores efetivos para uma criança, então a meta deve ser estabelecê-los. Identificar e desenvolver reforçadores leva tempo. Mesmo que seu filho tem uma variedade de reforços, é sempre proveitoso cultivar um pouco mais.

Simplesmente observando o seu filho pode ajudar a identificar reforçadores. Um reforçador não tem de ser nada muito elaborado. Muitas vezes, assumimos falsamente que um reforçador tem que ser complicado, algo caro.

Algumas coisas muito pequenas e comuns podem ser transformadas em reforços. Qualquer coisa que a pessoa seleciona em uma situação de livre escolha, provavelmente, funcionará como reforço. Acontecimentos cotidianos, como passar um tempo individual com um dos pais, sair para uma caminhada, ou ganhar carinho nas costas podem ser motivadores eficazes.

O primeiro passo no desenvolvimento de reforços é o de simplesmente expor seu filho a reforçadores potenciais. Às vezes uma criança não sabe como operar um brinquedo e, portanto, não sabe como ele pode ser legal.

Dando acesso livre ao reforço potencial também pode criar novos reforços. Quando uma pessoa tem acesso livre a algo, esta coisa pode tornar-se algo que a pessoa estaria interessada em ganhar mais.

Muitas vezes reforçadores perdem seu valor de reforço devido ao efeito conhecido como saciedade. Se um indivíduo tem uma exposição muito grande num reforçador ele acabará por perder seu valor.

Por isso, o equilíbrio é a chave de manter bons reforçadores aliada a muita observação.

Uma forma eficaz de desenvolver reforçadores é associar reforçadores potenciais com reforços estabelecidos. Através de associações, os reforçadores potenciais irão adquirir valor positivo similar. Essa é a razão porque é sempre aconselhável parear reforçadores sociais e emocionais e toque com reforçadores estabelecidos, como alimentos, brinquedos e atividades.


Bibliografia:

A work in progress. Behavior Management Strategies and a Curriculum for Intensive Behavioral Treatment of Autism by Ron Leaf & John McEachin.

Friday, August 5, 2011

Treino de provas distintas - DTT


O Treino de Provas Distinas (DTT) é o método mais conhecido do ABA (Applied Behavior Analysis - Análise Aplicada do Comportamento), que é uma das terapias mais estabelecidas para tratar o autismo. Terapeutas usam DTT para ensinar comportamentos a crianças autistas por quebrar as tarefas em pequenos pedaços e usar um sistema de reforço de repetição positivo e indução de acerto.

O DTT é uma metodologia especificamente usada para maximizar o aprendizado. DTT assegura que o aprendizado seja um processo ativo. Nós não podemos confiar que crianças autistas simplesmente irão absorver as informações através da exposição passiva.

É um processo de ensino utilizado para desenvolver diversas habilidades, incluindo cognitivas, de comunicação, brincadeiras, habilidades sociais e de auto-ajuda. Além disso, é uma estratégia que pode ser usada para todas as idades e populações.

A técnica envolve a quebra de um ensinamento em partes menores, trabalhando cada etapa até a maestrização; apresenta um ambiente de ensino concentrado, fornecendo indução de acerto e retirando essa indução conforme a criança progride para a independência na resposta, e é utilizado o reforço positivo.

A sessão de ensino envolve muitas tentativas (treinos), e cada treino tem um começo e fim distintos e bem marcados. Cada etapa da habilidade ensinada deve estar masterizada antes que mais informação seja apresentada.

No DTT, uma unidade muito pequena de informação é apresentada e a resposta do aluno é imediatamente estimulada. Isto contrasta com métodos mais tradicionais de ensino que apresentam grandes quantidades de informação sem resposta-alvo bem definido por parte do aluno.

Algumas habilidades ou quebras de comportamento tem que ser ensinadas através de repetição massiva, neste caso a estratégia DTT é uma boa opção.

Wednesday, August 3, 2011

ABA na minha família



O ABA é a ferramenta mais importante na terapia dos meus filhos. Através da anáise podemos encontrar a raíz de alguns problemas e assim aliviar o impacto causado no desenvolvimento dos meninos. Nós validamos todas as respostas dos meninos, analisamos as que não nos parecem adequadas e daí traçamos metas para ajudá-los. Este é o princípio do ABA fundamental.


Há mais ABA mal aplicado mundo a fora do que seguidores dos princípios reais.

O princípio básico de qualquer educação é que a criança entenda que faz parte de um grupo maior, sociedade, família e assim retirar o peso da responsabilidade de ter tudo sob controle, pois esse controle só causa ansiedade e gera medos.

O trabalho de detetive, da anáislise, é tão importante que eu acredito ser peça essencial, sem esta análise não há tratamento, mas, infelizmente, é a parte mais negligênciada num plano de educação e tratamento.

Os acertos vêm muito mais de "instinto" do que de pesquisas científicas, e fazer a observação do comportamento livre de julgamentos e culpa é primordial para o sucesso do aprendizado.


Tem uma frase que eu adoro "Everyone has the right to have health and productive life", acho que isso é o que deve acompanhar o nosso pensamento, esse deve ser o guia, os nossos filhos terem o direito a uma vida saudável e produtiva.


Às vezes me perguntam o que eu faço e fiz de tratamento com meus filhos e quando eu digo que fizemos e ainda fazemos ABA, logo vem a exclamação: "Na mesinha?!" e eu respondo "na mesinha, na mesona, no chão, na cama, no carro, na banheira, no parque, no supermercado, etc".

Assim como qualquer linha de tratamento, o ABA é mais uma filosofia que nós chamamos de ciência porque há um estudo científico por trás, não que as outras filosofias não merecam respeito só por causa do embasamento científico, mesmo porque elas partem da copilação de estudos científicos.

Parece que há uma tendência em nomear o que se parece mais com "brincadeira" e sem muita imposição de SonRise, Floortime; o que é mais rígido e tem regras a serem seguidas de ABA. Isso está absolutamente distorcido!

Qualquer terpia ou educação deve validar os interesses da criança, valorizar suas qualidades e ajudá-la a superar suas dificuldades. O ensino deve ser proveitoso, "usável", ter um objetivo de uso prático.

Através de programas de ABA, os meninos aprendem
a cuidar do jardim;



sobre o trabalho do pai;



a brincar,




aprendem a imaginar!