Tuesday, April 30, 2013
Sunday, April 28, 2013
Grupo de Apoio a Pais e Familiares - abril 2013
No próximo domingo, 28/04/13 o encontro será sobre como percebemos o mundo, o sistema sensorial e a influência do medo no aprendizado.
Esta é a primeira parte do assunto auto-regulação.
Vale muito conferir e é gratuito!
Os links para os posts relacionados à palestra estão sendo colocados na página do grupo http://www.facebook.com/AmaisAutismo
Esta é a primeira parte do assunto auto-regulação.
Vale muito conferir e é gratuito!
Os links para os posts relacionados à palestra estão sendo colocados na página do grupo http://www.facebook.com/AmaisAutismo
Para as salas de apoio para as crianças entrem em contato com a Tatiana pelo e-mail tatianaksenhuk@gmail.com
Sunday, April 21, 2013
Capacidade de co-regulação emocional e autismo
Autismo é reconhecido como uma
desordem em espectro com vários graus de intensidade. É de difícil
definição porque a síndrome é complexa e não há duas pessoas com o
diagnóstico de autismo que manifestem a síndrome da mesma maneira.
Pessoas com autismo têm “atraso ou funcionamento anormal” em algum grau nas trêss área seguintes:
-
- Interação social
- Comunicação
- Padrões de comportamento que são manifestados através de interesses ou atividades estereotipadas, restritas e/ou repetitivas.
Porém, no autismo, um dos
pontos-chave da dificuldade está no desenvolvimento emocional. As
pessoas com autismo têm como desafio a motivação, a persistência, o
auto-controle e a curiosidade.
O que mais caracteriza o autista não são os comportamentos apresentados, mas sim a omissão, o que a criança não faz, ou desconhece. O diagnóstico de autismo é mais preciso se baseado na dificuldade ou falha da pessoa em função do domínio específico sócio-comunicativo e relacional.
É importante ressaltar que o
diagnóstico de Autismo, Asperger ou Transtorno Global do Desenvolvimento
não prediz as dificuldades que a pessoa enfrentará na vida, tampouco
define um prognóstico, e nem mesmo fornece aos familiares ou
profissionais muita informação sobre o potencial individual da pessoa
diagnosticada.
É muito provável que as
características descritas da síndrome sejam descrições de mecanismos de
defesa, e não de orientação inata. O nosso cérebro está sempre em busca
de equilíbrio, enquanto processamos o que vemos, ouvimos, cheiramos,
degustamos ou sentimos. Todas as nossas experiências sensoriais e
emocionais impulsionam o crescimento de conexões, daí vem a necessidade
pela busca da regulação.
Essa busca acontece através da
auto-regulação e da corregulação emocional. Nós nascemos com a
necessidade de desenvolver auto e corregulação, as duas estratégias são
necessárias para que o mundo à nossa volta e as sensações das nossas
experiências façam sentido para nós. Sendo que a corregulação, nos
sistemas de pessoas com desenvolvimento típico, amadurece primeiro.
Autoregulação são as estratégias que desenvolvemos, centrados em nós mesmos.
Quando estamos em um estado de
ansiedade usamos estratégias de autoregulação, como colocar coisas na
boca (chicletes, balas, comida, café, cigarro), mover as mãos ou pernas,
levantar, andar, buscamos nos entreter de alguma forma que acalme o
nosso sistema nervoso. As pessoas com desenvolvimento social típico,
escolhem estratégias adequadas ao contexto social em que estão no
momento, já as pessoas com deficits sociais, como no autismo,
simplesmente buscam a estratégia mais conhecida deles para essa
autoregulação. Porém, as experiências sensoriais, mesmo de
autoregulação, provocam em nós uma resposta emocional.
Corregulação depende da troca emocional com o outro.
A capacidade de corregular a
emoção acontece através da simples presença do outro, do toque, do
olhar, do tom de voz. As crianças em geral, aprendem melhor através de
brincadeiras positivas que incluam movimento, de uma maneira que essa
interação mostre uma intenção clara no relacionamento, sem demandas
excessivas e fora de contexto. A habilidade do cérebro em organizar
essas informações relacionais é mais sofisticada se focada nessas
características englobando o desenvolvimento emocional, do que com o uso
de palavras explicativas.
As pesquisas na neurociência
estão ajudando a explicar como e por quê um bom desenvolvimento
emocional é essencial para entender relacionamentos, pensamento lógico,
imaginação, criatividade e até a saúde do corpo. Especialistas em
desenvolvimento concordam que o único fator que otimiza o potencial
intelectual da criança é um relacionamento seguro e de confiança com
seus pais e cuidadores. Por isso, o tempo gasto com chamegos,
brincadeiras, atenção total e uma comunicação consciente com a criança
estabelece uma relação segura e de respeito que é a base da pirâmide do
desenvolvimento infantil. Com um sistema emocional seguro, a criança
consegue se concentrar em explorar o mundo à sua volta, impulsionada
pela curiosidade
"TODO COMPORTAMENTO É IMPULSIONADO POR UMA EMOÇÃO, VOCÊ MUDA COMO UMA PESSOA SE SENTE E ASSIM MUDARÁ COMO ELA PENSA E SE COMPORTA." (ERIC HAMBLEN) |
A capacidade de corregular a
emoção abre as portas para outras tantas habilidades importantes no
desenvolvimento social, como coordenar-se com outra pessoa, seguir e
compartilhar interesses.
Por volta dos 18 meses de
idade, crianças com desenvolvimento típico já têm a habilidade de se
coordenar fisicamente com seus pais, através do movimento de uma forma
reflexiva e fluente, com pouquíssimo suporte. Com essa habilidade de
coordenar movimento "masterizada", pode-se mover o relacionamento a um
patamar verbal com uma troca de interesses, em que podemos compartilhar
com a criança o que nos interessa e vice-versa.
Pessoas com autismo têm
dificuldade de desenvolver a corregulação emocional, por isso tendem a
buscar a regulação através da autoestimulação. Criar jogos e
brincadeiras que estimulem a coordenação física de movimentos entre duas
pessoas, como o simples ato de caminhar juntos à uma distância que
permita uma troca social - esaa distância é no máximo de um braço -,
fazer atividades diárias juntos, pensadas em uma forma de coordenar o
movimento como no ato de puxar o lençol juntos para arrumar uma cama,
carregar cestos e sacolas juntos, já são exercícios que estimulam a
corregulação.
O cérebro humano tem um grande
desejo em agradar, em impactar as outras pessoas de forma positiva,
primariamente. Somos programados para causar reações emocionais nas
pessoas à nossa volta. Quando nossos sistemas têm uma desorganização,
muitas vezes só conseguimos esse impacto emocional através de
comportamentos opositores e provocativos. Mesmo nesses casos, o cérebro
ainda receberá uma recompensa emocional mais forte se a pessoa aprender
estratégias para impactar positivamente os outros. É um processo de
volta ao curso natural, que não é fácil e imediato, mas extremamente
necessário para uma melhor qualidade de vida e que depende do
desenvolvimento da corregulação emocional.
Através da habilidade de
corregular a emoção, também somos capazes de influenciar a nossa própria
emoção, isso quer dizer, se eu estou feliz e eu faço você feliz,
juntos, podemos fazer um ao outro mais feliz. Isso acontece através dos
meus atos em relação a você. É por meio do compartilhamento do olhar, do
toque, do tom de voz usado e das experiências, que nós vivemos juntos.
"Através de interações, não
apenas com seus pares, mas também com outros adultos, além da capacidade
de adultos e crianças intuitivamente interagirem entre si — para
compartilhar suas ideias, seus pensamentos, suas experiências juntos,
com o objetivo de que ambos compreendam e sintam emocionalmente a
presença um do outro — e assim sentir a intensidade ou intimidade, é
que desenvolvemos relações pessoais mais significativas neste mundo."
(Eric Hamblen)
As pessoas com autismo não
querem viver isoladas, elas precisam, assim como cada um de nós, do
convivio e do compartilhamento com outras pessoas. Ajudá-las e
desenvolver a corregulação emocional, o compartilhamento de sentimentos,
a ampliação da alegria, dividir suas incertezas e angústias, ter um
guia para descobrir o mundo são metas a serem seguidas, para que as
pessoas com autismo e suas famílias tenham uma melhor qualidade de vida.
Labels:
autismo,
regulação emocional,
sensorial
Thursday, April 11, 2013
Livro: Vivendo com Jonathan - Lições de amor, vida e autismo. By Sheila Barton
Um livro ao mesmo tempo forte e sensível. Narra com detalhes situações inusitadas porém cotidianas do que é viver com um filho autista, do ponto de vista da mãe. As cobranças internas e externas que sofremos, o sentimento de nunca estar fazendo o suficiente apesar do esforço sobre-humano.
A influência de profissionais que nos derrubam e outros que são verdadeiros anjos em nossas vidas e estendem a mão no momento certo, que compreendem a situação e tem uma visão clara do que é possível.
A relação da vida como um todo, que se embaralha, confunde e se organiza com a vida do filho com tantas necessidades
“ Leio sobre modelos médicos e sociais de deficiência, sobre o modo como a sociedade vê as pessoas deficientes, a sua necessidade de curá-las ou ignorá-las.
....
Em vez de ler livros, observo meu filho e ouço o que ele tem a dizer. Aprendo com ele o que lhe causa angústia, o que é difícil. e, por outro lado, o que pode ajudá-lo a encontrar sentido no mundo" pg 189
Vale cada linha! Recomendadíssimo!
Monday, April 8, 2013
Dormir
Problemas para dormir, para pegar no sono, para dormir sozinho.
Nossas crianças sofrem com ansiedade, sofrem em momentos de transição. Muitas das coisas corriqueiras da vida podem ser grandes desafios para nossas crianças, uma delas é dormir.
Dormir e acordar são as duas maiores transições que fazemos no dia, por isso, se uma criança está com dificuldades de dormir, é provável que apresente problemas de transição em outros momentos do dia também.
Para as crianças que somente tem dificuldade em pegar no sono, mas uma vez que dormem, permanecem no sono a melatonina, é natural e induz o hormônio que leva ao sono, pode ajudar.
Para as crianças que acordam várias vezes durante o sono, colocar uma música suave, que tranquilize, como melodias Celtas (http://www.youtube.com/watch?v=v2a5u_fdunc), som de ondas do mar (http://www.youtube.com/watch?v=O1QQajfobPw) ou cds específicos para sono podem servir de apoio. Naturalmente, nós acordamos várias vezes durante a noite, são ciclos naturais, se estamos num estado emocional regulado, passamos sem perceber por esses ciclos, mas se há estress na nossa vida, é comum que despertemos por completo no final de um ciclo e algumas vezes, seja difícil retomar o sono.
Massagens de pressão antes de dormir podem ajudar no relaxamento completo e manter a pessoa no sono.
O que ele não quer é dormir sozinho!
Algumas das nossas crianças parecem que precisam da presença do outro para dormir, essa transição deve ser feita em etapas.
Se a criança dorme na cama dos pais, coloque um colchão ao lado da sua cama e volte a criança para esse colchão quando ela vir para sua cama. Quando ela já passar a maior parte das noites sem vir para sua cama, vá, aos poucos afastando esse colchão da cama, até que fique numa distância que sejam necessários alguns passos.
Neste ponto, converse com a criança para fazer a transição de dormir em seu quarto, prepare a cama com travesseiros de corpo inteiro,
Quando ela já se sentir segura dormindo em seu próprio quarto, encoste a porta, sem fechar ainda. Quando sentir que já é possível, feche a porta.
Como rotina de fim do dia, inclua algumas brincadeiras que causem riso meia hora antes de começar a transição para dormir (colocar pjama, escovar dentes, etc). Faça brincadeiras de cócegas, busque bastante a troca de olhares, movam-se pela casa juntos, isso irá nutrir a criança com sua presença emocional, o que facilitará também a transição para o sono.
Dormir é uma questão que deve ser tratada com delicadeza e aqui são só algumas idéias do que pode ser experimentado.
mantendo as portas dos dois quartos abertas. Fique no quarto, mas não na cama, até que a criança adormeça, aos pouco vá diminuindo o tempo que você permanece no quarto até ela adormecer.
Nossas crianças sofrem com ansiedade, sofrem em momentos de transição. Muitas das coisas corriqueiras da vida podem ser grandes desafios para nossas crianças, uma delas é dormir.
Dormir e acordar são as duas maiores transições que fazemos no dia, por isso, se uma criança está com dificuldades de dormir, é provável que apresente problemas de transição em outros momentos do dia também.
Para as crianças que somente tem dificuldade em pegar no sono, mas uma vez que dormem, permanecem no sono a melatonina, é natural e induz o hormônio que leva ao sono, pode ajudar.
Para as crianças que acordam várias vezes durante o sono, colocar uma música suave, que tranquilize, como melodias Celtas (http://www.youtube.com/watch?v=v2a5u_fdunc), som de ondas do mar (http://www.youtube.com/watch?v=O1QQajfobPw) ou cds específicos para sono podem servir de apoio. Naturalmente, nós acordamos várias vezes durante a noite, são ciclos naturais, se estamos num estado emocional regulado, passamos sem perceber por esses ciclos, mas se há estress na nossa vida, é comum que despertemos por completo no final de um ciclo e algumas vezes, seja difícil retomar o sono.
Massagens de pressão antes de dormir podem ajudar no relaxamento completo e manter a pessoa no sono.
O que ele não quer é dormir sozinho!
Algumas das nossas crianças parecem que precisam da presença do outro para dormir, essa transição deve ser feita em etapas.
Se a criança dorme na cama dos pais, coloque um colchão ao lado da sua cama e volte a criança para esse colchão quando ela vir para sua cama. Quando ela já passar a maior parte das noites sem vir para sua cama, vá, aos poucos afastando esse colchão da cama, até que fique numa distância que sejam necessários alguns passos.
Neste ponto, converse com a criança para fazer a transição de dormir em seu quarto, prepare a cama com travesseiros de corpo inteiro,
Quando ela já se sentir segura dormindo em seu próprio quarto, encoste a porta, sem fechar ainda. Quando sentir que já é possível, feche a porta.
Como rotina de fim do dia, inclua algumas brincadeiras que causem riso meia hora antes de começar a transição para dormir (colocar pjama, escovar dentes, etc). Faça brincadeiras de cócegas, busque bastante a troca de olhares, movam-se pela casa juntos, isso irá nutrir a criança com sua presença emocional, o que facilitará também a transição para o sono.
Dormir é uma questão que deve ser tratada com delicadeza e aqui são só algumas idéias do que pode ser experimentado.
Intolerância ao choro: Sensibilidade auditiva?
Há muito tempo atrás, quando os meninos ainda eram bebês, quando o Luís chorava o Pedro entrava em agonia. Os profissionais que nos cercavam, naquela época tão recente do diagnóstico, colocavam o comportamento do Pedro em interpretações pré-moldadas, com isso a conclusiva de uma análise não pensada é que o Pedro se incomodava com o choro por sensibilidade auditiva.
De certo, o Pedro tinha algumas questões com o barulho do liquidificador e outras coisas, mas com o choro, a reação, os olhos do Pedro ficavam diferentes. Munida de intuíção, eu comecei a tratar como se este comportamento específico, que chegava a virar agressão contra o irmão, seria um estado de agonia sentida pelo choro.
Ao mesmo tempo ele estava no seu segundo ano de pré-escola, e depois de 1 ano que ele frequentou em estado apático, naquele início de ano letivo ele estava extremamente irritado e agressivo por conta do barulho da sala, qual o barulho? O choro das crianças que tinham acabado de iniciar na pré-escola.
Numa tentativa, às cegas, criei uma estratégia para diminuir a agonia do Pedro com o choro, levando em frente a minha interpretação de que o problema maior não era o barulho do choro, mas a agonia que ele sentia quando alguém chorava. E quando comentava isso com os profissionais recebia aquele olhar de pena e a frase "autista não tem empatia". O Pedro, por conta do autismo, e naquela época tão precoce, não tinha um repertório do que fazer e nem a habilidade de iniciar uma interação de troca emocional, a linguagem para ele era algo ainda muito confuso, então eu criei um livro (social stories) mostrando o que ele poderia fazer para aliviar a sua agonia com o choro.
Paritndo do princípio de ser humano, é muito difícil quando vemos e ouvimos alguém chorar e nos sentimos incapazes de aliviar o sofrimento do outro, principalmente quando é alguém próximo a nós, neste caso para o Pedro, seu irmão.
A social story criada para o Pedro, naquele momento, tinha o objetivo de explicar brevemente porque as crianças na escola poderíam estar chorando e o que ele podería fazer para ajudar a criança que chorava.
Em casa, eu movia ele a fazer o mesmo com o Luís, a tentar confortá-lo com um toque, um brinquedo (sempre fofinhos e molinhos caso o brinquedo voasse de volta) ou um biscoito. Aqui nasciam as primeiras interações positivas entre os dois.
Poder fazer algo, mover seu corpo com propósito no momento de uma situação de angústia ajudou imensamente ao Pedro suportar o choro de outras crianças. Impossível pensar em mantê-lo longe do estímulo que o incomodava, por mais sensibilidade auditiva. Mas, guiá-lo em entender, processar e tolerar sua emoção de angústia através de um movimento com propósito pode trazer o seu desenvolvimento social um passo à frente de onde ele estava.
Como, naquela época, o seu animal predileto era o galo, esse foi o personagem escolhido para a social story:
De certo, o Pedro tinha algumas questões com o barulho do liquidificador e outras coisas, mas com o choro, a reação, os olhos do Pedro ficavam diferentes. Munida de intuíção, eu comecei a tratar como se este comportamento específico, que chegava a virar agressão contra o irmão, seria um estado de agonia sentida pelo choro.
Ao mesmo tempo ele estava no seu segundo ano de pré-escola, e depois de 1 ano que ele frequentou em estado apático, naquele início de ano letivo ele estava extremamente irritado e agressivo por conta do barulho da sala, qual o barulho? O choro das crianças que tinham acabado de iniciar na pré-escola.
Numa tentativa, às cegas, criei uma estratégia para diminuir a agonia do Pedro com o choro, levando em frente a minha interpretação de que o problema maior não era o barulho do choro, mas a agonia que ele sentia quando alguém chorava. E quando comentava isso com os profissionais recebia aquele olhar de pena e a frase "autista não tem empatia". O Pedro, por conta do autismo, e naquela época tão precoce, não tinha um repertório do que fazer e nem a habilidade de iniciar uma interação de troca emocional, a linguagem para ele era algo ainda muito confuso, então eu criei um livro (social stories) mostrando o que ele poderia fazer para aliviar a sua agonia com o choro.
Paritndo do princípio de ser humano, é muito difícil quando vemos e ouvimos alguém chorar e nos sentimos incapazes de aliviar o sofrimento do outro, principalmente quando é alguém próximo a nós, neste caso para o Pedro, seu irmão.
A social story criada para o Pedro, naquele momento, tinha o objetivo de explicar brevemente porque as crianças na escola poderíam estar chorando e o que ele podería fazer para ajudar a criança que chorava.
Em casa, eu movia ele a fazer o mesmo com o Luís, a tentar confortá-lo com um toque, um brinquedo (sempre fofinhos e molinhos caso o brinquedo voasse de volta) ou um biscoito. Aqui nasciam as primeiras interações positivas entre os dois.
Poder fazer algo, mover seu corpo com propósito no momento de uma situação de angústia ajudou imensamente ao Pedro suportar o choro de outras crianças. Impossível pensar em mantê-lo longe do estímulo que o incomodava, por mais sensibilidade auditiva. Mas, guiá-lo em entender, processar e tolerar sua emoção de angústia através de um movimento com propósito pode trazer o seu desenvolvimento social um passo à frente de onde ele estava.
Como, naquela época, o seu animal predileto era o galo, esse foi o personagem escolhido para a social story:
Cocodle, o galo vai para a escola.
Cocodle está muito animado porque ele gosta de ir para a escola.
Cocodle conhece alguns dos outros galos da sua classe e eles estão animados com a escola também.
Tem alguns pintinhos novos na classe do Cocodle.
Alguns deles são pequenos e ainda não conhecem a escola e algumas vezes eles choram.
Cocodle fica ansioso quando um pintinho chora e acha que tem que fazer alguma coisa.
O que o Cocodle pode fazer?
Cocodle pode ficar calmo e ouvir a professora, isto vai ajudar com que os pintinhos também se acalmem.
Se o Cocodle ainda sentir que precisa ajudar o novo pintinho ele pode dar ao pintinho que está chorando um brinquedo.
Isso pode ajudá-lo a ficar contente!
Cocodle é um ótimo galo e sabe como ajudar.
Labels:
autismo,
inclusão,
regulação emocional,
sensorial
Tuesday, April 2, 2013
Monday, April 1, 2013
O Globo: Pais de autistas vivem drama para manter filhos no ensino regular
Leia a matéria em http://oglobo.globo.com/educacao/pais-de-autistas-vivem-drama-para-manter-filhos-no-ensino-regular-7992770#ixzz2PFELLojZ
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