Friday, June 10, 2011

Educar a emoção I


Muito pensamos em ensinar habilidades práticas aos nossos filhos, ou conceitos lógicos, mas será que estamos sabendo focar no que rege todos os comportamentos e aprendizados?

A emoção é fundamental na memória e no aprendizado. É através, primeiramente da emoção que o nosso cérebro dá sentido ao que percebemos. O nosso sistema sensorial capta os estímulos do meio, externos ou internos ao nosso corpo, a emoção provocada por estes estímulos é que vai definir se estas informações vão para o campo do raciocínio lógico ou se disparamos sistemas de defesa primários.

A informação que não é vivênciada é apenas dados, a experiência que sempre está aliada à emoção é o verdadeiro conhecimento.

Podemos falar, falar e falar; mas sem a vivência da situação pouco o cérebro humano absorve, os conceitos que ficam para sempre em nossas vidas, são aqueles passados através da nossa emoção. Esses sim tem um valor às nossas vidas, que são capazes de adaptar ou mudar comportamentos.

Aprender sobre o mundo que nos cerca, como as coisas funcionam, qual a lógica, as regras, é sem dúvida importante. MAS, conhecer o universo que há dentro de nós, entender as nossas próprias emoções, aprender a equilibrá-las, é sem dúvida a maior lição que temos que aprender na vida, e isso não é diferente para nossos filhos com autismo.

Nem todas as emoções são prazeirosas, mas todas as emoções são válidas e devem ser vividas e aprendidas. Equilibrá-las é a chave para uma vida com qualidade, evitá-las nos levará ao caos, cedo ou tarde.

Cada lágrima, cada angústia é um solo fértil para a construção da nossa personalidade, do nosso sistema emocional, e o caminho para atingir o equilíbrio.

Sentir-se bem também é importante, rir de prazer, rir de bobeira, mas a felicidade que vem da competência e do sentimento de independência é o que nos faz verdadeiramente felizes.

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