Sunday, August 9, 2015

Crianças com autismo e um cachorro ...

E a decisão de ter o Snoopy veio por um pedido do Luís, Snoopy foi seu presente de 10 anos. Porém, Snoopy não se limita ao Luís, ele veio para fazer parte de toda a família.
Na primeira semana gerou uma curiosidade em todos, Pedro, Luís e eu ficávamos o maior tempo possível com ele, no colo, ninando o nosso bebê de 45 dias, mas na segunda semana, Legos e desenhar voltaram a ter importância na vida do Luís, o Snoopy preferia sentar num formigueiro a ficar perto do Pedro e em 1 mês eu me vi dona solitária de um filhote de beagle.

A história precisava mudar, com a ajuda e orientação do terapeuta dos meninos, começamos uma intervenção com o Pedro, cada vez que ele ia brincar com as orelhas ou rabo do Snoopy eu corria para redirecionar suas mãos para carinho. Cachorros tem sistema límbico e o Snoopy podia sentir que estava sendo usado como um objeto, que o Pedro brincava com suas partes, mas não com ele, isso incomodava o Snoopy que rosnava e mordia o Pedro. Com essa intervenção, o Snoopy passou a se aproximar do Pedro.

Ao mesmo tempo eu tive que trabalhar inibição de mordida no Snoopy e assim o Luís voltou a se aproximar do cachorro.

Os meninos passaram a ter responsabilidades, o Luís é responsável por verificar e dar a comida do Snoopy e da Fígaro (a gata) e o Pedro por verificar e trocar a água.

Ao Luís coube a tarefa de recolher o cocô no quintal, tarefa que teve que ser introduzida com o “fazer juntos”, o nojo era imenso, o Luís é sensível sensorialmente, então precisou de um apoio extra para acomodar nos seus sentidos a nova responsabilidade, por 1 semana catávamos o cocô juntos, a minha mão e a dele dentro do saquinho. Lembro que ele comentou: “eu não gosto de catar o cocô” e o comentário que ele ouviu em resposta foi: “e você acha que catar cocô é a atividade favorita de alguém?” e foi assim que ele entendeu que alguém teria que fazer esse trabalho, e ele é o dono do Snoopy.


O Pedro passou a dar biscoitinhos caninos ao cachorro, também aflitivo ao Pedro de início, então fizemos o mesmo processo, minha mão por cima com o biscoitinho na minha palma e a mão do Pedro só por baixo, aos poucos invertemos a posição das mãos, agora a do Pedro por cima e a minha só dando o suporte emocional por baixo, em 1 mês o Pedro já podia dar os biscoitinhos sozinho ao Snoopy.



A mim ficou a tarefa de ensiná-lo a fazer xixi no quintal e tudo mais que não é pouco com um filhote.

Nas consultas veterinárias íamos os 3, tarefa não muito simples porque geralmente esperamos 1 hora para o atendimento.


E o tempo foi passando e chegou 13 de maio, o aniversário de 10 anos do Luís e o dia em que o Snoopy poderia dar seu primeiro passeio na rua. E como com qualquer filhote, esse passeio não foi muito tranquilo, mas Luís entendeu que temos muito o que ensinar ao Snoopy.



Os passeios são diários, Luís foi aprendendo a conduzir o Snoopy, Pedro não criou essa curiosidade naturalmente, então o terapeuta indicou o uso do ConnectorRx com o Pedro e o Snoopy, e foi uma tremenda diferença, tendo o Snoopy conectado ao seu corpo, o Pedro passou a prestar atenção no cachorro durante o passeio e ao mesmo tempo manter o passo coordenado comigo, lá pela quinta vez que os dois ficaram enroscados nas árvores da rua o Pedro passou a antecipar as árvores e direcionar o Snoopy a passar pelo mesmo lado que ele, sem eu precisar mostrar ou dizer, pela experiência, o Pedro percebeu a solução através do seu próprio pensar. E o mais feliz nesse passeio foi a presença de corpo, alma e mente do Pedro, ele NÃO desviou seu pensamento e atenção a contar os números das casas ou seus dedos, ou cantarolar músicas em sua mente. Pedro estava conectado comigo, com o Snoopy e com o momento presente!






Hoje o Pedro anda somente conectado com o Snoopy, como ele também evoluiu nestes últimos tempos no processo do uso do ConnectorRx, hoje ele passeia já coordenando com meu passo, não atravessa a rua sem olhar e se mantém numa distância de mim que ainda mantemos a troca social.










Beagles são muito inteligentes, só brincar com bolinhas não satisfaz, eles precisam fazer parte da família. Um grande problema encontrado nos passeios foi a paixão do Snoopy por crianças, e o demonstrar dessa paixão era pulando nelas, o que por algumas vezes machucava as crianças da rua. Então começamos com o treino de sentar, e o Pedro tem se saído um bom mestre para o Snoopy. isso reduziu drasticamente a afobação do Snoopy quando vê crianças na rua, ou mesmo interagindo com os meninos aqui de casa.





Monday, August 3, 2015

Programe-se


Grupo de apoio a pais e familiares - agosto/2015


INSCRIÇÕES VÁLIDAS SOMENTE ATRAVÉS DO LINK: https://docs.google.com/…/1XAALyGf0US0MIyPzQbxQhL…/viewform…
Temos número limitado de vagas, enviaremos e-mail confirmando a presença e seguiremos as seguintes regras para melhor organização, lembrando que todos do grupo fazem o trabalho de forma voluntária e precisamos da colaboração dos participantes.
1. Se você confirmou sua inscrição, pedimos que não falte. O evento é gratuito e estamos limitando as vagas para 30 participantes. Se você se inscreveu esta deve ser sua prioridade. Se faltar será feita uma observação em seu cadastro e com 2 faltas não poderá mais participar dos nossos eventos gratuitos. NÃO teremos vagas extras, o número é limitado para termos um melhor aproveitamento do bate papo, então valorize sua vaga para não ficar de fora!
2. Com relação às salas de apoio para as crianças, estamos seguindo as mesmas regras do item 1. Nós contamos com voluntários que dedicam suas horas para entreter, cuidar e brincar com nossas crianças. É justo que os voluntários contem com a presença de cada criança, eles se preparam para receber exatamente o número de inscritos, e não podemos permitir que exceda o número de crianças esperado.
Contamos com a compreensão!