Na primeira semana gerou uma curiosidade em todos, Pedro, Luís e eu ficávamos o maior tempo possível com ele, no colo, ninando o nosso bebê de 45 dias, mas na segunda semana, Legos e desenhar voltaram a ter importância na vida do Luís, o Snoopy preferia sentar num formigueiro a ficar perto do Pedro e em 1 mês eu me vi dona solitária de um filhote de beagle.
Ao mesmo tempo eu tive que trabalhar inibição de mordida no Snoopy e assim o Luís voltou a se aproximar do cachorro.
Os meninos passaram a ter responsabilidades, o Luís é responsável por verificar e dar a comida do Snoopy e da Fígaro (a gata) e o Pedro por verificar e trocar a água.
Ao Luís coube a tarefa de recolher o cocô no quintal, tarefa que teve que ser introduzida com o “fazer juntos”, o nojo era imenso, o Luís é sensível sensorialmente, então precisou de um apoio extra para acomodar nos seus sentidos a nova responsabilidade, por 1 semana catávamos o cocô juntos, a minha mão e a dele dentro do saquinho. Lembro que ele comentou: “eu não gosto de catar o cocô” e o comentário que ele ouviu em resposta foi: “e você acha que catar cocô é a atividade favorita de alguém?” e foi assim que ele entendeu que alguém teria que fazer esse trabalho, e ele é o dono do Snoopy.
A mim ficou a tarefa de ensiná-lo a fazer xixi no quintal e tudo mais que não é pouco com um filhote.
Nas consultas veterinárias íamos os 3, tarefa não muito simples porque geralmente esperamos 1 hora para o atendimento.
E o tempo foi passando e chegou 13 de maio, o aniversário de 10 anos do Luís e o dia em que o Snoopy poderia dar seu primeiro passeio na rua. E como com qualquer filhote, esse passeio não foi muito tranquilo, mas Luís entendeu que temos muito o que ensinar ao Snoopy.
Os passeios são diários, Luís foi aprendendo a conduzir o Snoopy, Pedro não criou essa curiosidade naturalmente, então o terapeuta indicou o uso do ConnectorRx com o Pedro e o Snoopy, e foi uma tremenda diferença, tendo o Snoopy conectado ao seu corpo, o Pedro passou a prestar atenção no cachorro durante o passeio e ao mesmo tempo manter o passo coordenado comigo, lá pela quinta vez que os dois ficaram enroscados nas árvores da rua o Pedro passou a antecipar as árvores e direcionar o Snoopy a passar pelo mesmo lado que ele, sem eu precisar mostrar ou dizer, pela experiência, o Pedro percebeu a solução através do seu próprio pensar. E o mais feliz nesse passeio foi a presença de corpo, alma e mente do Pedro, ele NÃO desviou seu pensamento e atenção a contar os números das casas ou seus dedos, ou cantarolar músicas em sua mente. Pedro estava conectado comigo, com o Snoopy e com o momento presente!
Hoje o Pedro anda somente conectado com o Snoopy, como ele também evoluiu nestes últimos tempos no processo do uso do ConnectorRx, hoje ele passeia já coordenando com meu passo, não atravessa a rua sem olhar e se mantém numa distância de mim que ainda mantemos a troca social.
Beagles são muito inteligentes, só brincar com bolinhas não satisfaz, eles precisam fazer parte da família. Um grande problema encontrado nos passeios foi a paixão do Snoopy por crianças, e o demonstrar dessa paixão era pulando nelas, o que por algumas vezes machucava as crianças da rua. Então começamos com o treino de sentar, e o Pedro tem se saído um bom mestre para o Snoopy. isso reduziu drasticamente a afobação do Snoopy quando vê crianças na rua, ou mesmo interagindo com os meninos aqui de casa.
Muito legal!
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ReplyDeleteAdorei!!! Vi a reportagem no programa Mulheres da TV Gazeta. Obrigada por compartilhar sua história. Me ajudou muito!!!
ReplyDeleteque lindo.... estou pensando num beagle para meu filho, também autista, e essa postagem foi perfeita para decisão!
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