Dia 30/março, sexta à noite, 19h45, em Atibaia. No Auditório do Hospital Novo Atibaia, R. Vereador Luiz Alberto Vieira dos Santos, s/n*
Também será a comemoração do Dia Mundial do Autismo em Atibaia e o lançamento da nova edição da Revista Autismo.
Incentivar o diagnóstico — ou ao menos a suspeita — de autismo. Essa é a intenção do livro Autismo — Não espere, aja logo! — Depoimento de um pai sobre os sinais de autismo, lançado neste mês (março) pela editora M.Books (132 páginas, R$ 39). O livro, de autoria do jornalista Paiva Junior, editor-chefe da Revista Autismo e pai de um garoto com autismo, busca explicar sem nenhuma linguagem técnica os sintomas do autismo e destacar a importância de um dos únicos consensos a respeito do transtorno em todo o planeta: quanto antes se inicia o tratamento, melhores são as chances de se ter mais qualidade de vida e desenvolvimento de habilidades. O livro tem prefácio do neuropediatra José Salomão Schwartzman e contra-capa com texto do neurocientista Alysson Muotri, da Universidade da Califórnia (EUA).
Mesmo que os pais não aceitem bem o diagnóstico ou ainda não tenham uma confirmação definitiva, fechada (até porque essa confirmação comumente vem depois dos 3, 5 ou até 6 anos de idade), o autor procura incentivar que iniciem o tratamento logo: "não esperem, ajam!". "É preciso aproveitar essa grande 'janela' de desenvolvimento dos primeiros anos de vida", explica o autor, com a autoridade de quem tem um filho de quase 5 anos, que está no espectro do autismo. Paiva é também pai de uma menina de quase 3 anos, porém, com desenvolvimento típico ("normal").
O jornalista escreve como pai, por isso não há o uso excessivo de termos técnicos e jargões: "Não escrevo em 'linguagem técnica de médico', escrevo de forma que profissionais de educação e saúde, além de pais e parentes de autistas possam entender o autismo e, ao suspeitar de comportamentos autísticos em alguma criança possam sugerir que encaminhem-na para a avaliação de um especialista. “É um texto de leigo para leigo, de pai para pais", explicou Paiva Junior, que faz questão de destacar que "o livro não habilita ninguém a diagnosticar autismo, papel que é dos médicos neurologistas, neuropediatras e psiquiatras da infância".
Nesta primeira edição do livro, toda a arrecadação do autor será revertida para a Revista Autismo, um projeto sem fins lucrativos. Portanto, comprar o livro não apenas ajuda no diagnóstico precoce, mas também contribui para que a revista permaneça existindo.Outro diferencial do livro são os links para conteúdo extra, com QR Codes (códigos de barras de duas dimensões que podem ser fotografados por telefones celulares para acessar conteúdo online) levando a extensões de capítulos, relatos de famílias, vídeos e material que será permanentemente atualizado.
No site http://LivroAutismo.PaivaJunior.com.br há mais informações e um conteúdo extra relacionado a vários capítulos, inclusive link para comprar o livro.
Livro: Autismo — Não espere, aja logo!, 132 páginas, R$ 39,00, editora M.Books, 2012.
Site: http://LivroAutismo.PaivaJunior.com.br
Os objetivos são ensinar um maneira apropriada para começar uma interação, o que aumentará o desejo de obter e manter a atenção das pessoas.
Você pode usar a indução de acerto (prompt) começando pelo suporte físico completo até o apontar, você considera que a criança aprendeu após fazer a ação três dias seguidos, em duas situações distintas de forma independente (sem indução de acerto).
Fase 1: Pergunte para a criançaa "Aonde está a bola (ou qualquer objeto)? A criança responde "lá" e aponta na direção do objeto. É super importante planejar a variação dos objetos e posição do objeto. Comece com objetos grandes e depois passe para objetos menores que vão requerer mais atenção da criança.
Quando nos iniciamos a fase 1, nós fazíamos 10 repetições por sessão, divididas em dois grupos de 5 vezes. Este exercício requereu mais repetição constante até que nos atingíssemos "expontanedade" lá pela terceira repetição. Quando isso aconteceu, nós passamos a repetir 10 vezes mas, de forma mais aleatória durante a sessão. Perguntava: "Cadê o carneiro?" que estava posicionado no chão mas com alguma distancia do Pedro ou do Luís, então eles olhavam no quarto e viam o carneiro, podendo dar a resposta apontando "lá", então nós usávamos o carneiro para fazer a atividade seguinte. Dessa maneira nos fomos fazendo as 10 vezes na sessão, eles achavam o objeto e usavamos-o para a atividade seguinte. Mas, no comeco, foi só repetição.
Fase 2: Peça à criança para dar um objeto para uma determinada pessoa. A pessoa não deve receber o objeto até que a criança diga "Toma" ou "aqui" ou qualquer outra coisa que seja para chamar a atenção do receptor que seja socialmente apropriado (sem ser grito). Você pode incrementar pedindo que a criança diga "Toma (nome da pessoa que ela está entregando o objeto)"
Você pode usar o jogo com bola, ou rolar carrinho, quando jogar a bola um para o outro os dois devem dizer "La vai, fulano"
Conosco a bola funcionou melhor, aqui nos tinhamos problemas de atenção no receptor também (que era o Pedro ou o Luís), mas nós seguimos trabalhando o levar alguma coisa para alguém, por exemplo: O Luís ainda chupava chupeta para dormir, então na hora de colocá-los na cama eu dava chupeta para o Pedro levar para o Lú, como é uma coisa que o Lú IA querer receber, eu eliminei o problema da distração do receptor. Fazia a mesma coisa com bolacha, maçã, ou algum brinquedo. Essa fase foi incorporada também nos "favores diários" como buscar um yogurte para a mamãe!
Fase 3: Conseguir a atenção de alguém. A criança deve dizer ou perguntar alguma coisa para alguém. Esse alguém não deverá responder na tentativa inicial, então a criançaa deve dizer o nome da pessoa e cutucar o braco dela.
Nesta fase, o Luís devia dizer o nome da pessoa, para o Pedro, pela maior dificuldade na fala, ele só precisava cutucar a pessoa e pedir o que queria (eu achei que acrescentar dizer o nome, poderia desinteressar o Pedro completamente pois seriam muitos obstaculos para ele de uma única vez). Nós usamos muito bolinhas de sabão, se você fizer com outra pessoa, a pessoa que sopra as bolinhas de sabão deve ficar de costas e o segundo adulto deve guiar a criança para pedir que sopre mais bolinhas. Nós também usamos bexigas, os meus adoram quando você assopra a bexiga e deixa ela esvaziar voando pelo ar, para soprar a bexiga de novo, o soprador também deve estar "inatento" ao primeiro pedido da criança para que ela seja levada a cutucá-lo pela atenção.
Eu fiz muito este exercício sozinha (pela falta do segundo adulto), e percebi que o importante é o "fazedor da ação" estar realmente ocupado com outra coisa, para o Pedro, era ofencivo se você não estava fazendo nada e ignorava o primeiro pedido dele, então eu assoprava as bolinhas de sabão e fingia que estava escrevendo, assim quando ele vinha pedir, eu podia "ignorar" o pedido porque estava genuinamente ocupada e ele então persistia com o toque no meu ombro.
Se ele precisasse de inducao de acerto, eu puxava e fazia o movimento sem olhar para ele, então quando ele me cutucava é que eu olhava, é mais difícil sozinha, com dois adultos funciona muito mais facil.
Fase 4: Mostrar alguma coisa que a criança fez. Tenha certeza que a outra pessoa pode ver o que foi feito.
Eles faziam projetos de arte com a tutora e depois vinham me mostrar. A tutora dizia, "Vamos mostrar para a mamãe" e eles saiam do segundo andar até a cozinha para me mostrar o desenho ou colagem. A tutora seguia para ter certeza que não iria acontecer nenhuma distração no caminho e eles não iriam "perder o rumo", nas primeiras vezes eu atendi rapidamente (para criar o incentivo de vir mostrar), depois nós acrecentamos o cutucar para mostrar. Nós fazíamos a "exposição do trabalho" na parede ou janela. No fim do dia eu retirava para não ficar muita coisa pela casa.
Qualquer iniciação de interação expontânea e socialmente apropriada era prontamente atendida e reforçada. Depois essa resposta de atenção foi sendo trabalhada com espera para ser atendido, persistência.
Colocá-lo a participar as atividades rotineiras da casa, seguindo os moldes do RDI também foi importante para o amadurecimento desta habilidade.